Número 276 - Zaragoza - Diciembre 2023
FORO 

Suscríbete ya a la newsletter de Música Clásica




Sobre el Anillo de Boulez
De: siglindo
Fecha: 22/11/2001 12:00:21
Asunto: Sobre el Anillo de Boulez
Me gustaría aportar algo a esta polémica que los elogios de Parzival a esta versión han levantado.

Yo creo que el problema con Boulez es que para él Wagner no es mucho más que materia musical para hacer experimentos. Y en ese sentido me parece dificilísimo que pueda conectar con el sector del público que tiene una idea más o menos establecida cómo debería sonar el Wagner ideal. Y además, yo creo que Boulez admira la música de Wagner, pero no creo que la ame: su interpretación es tan fria, tan matemática que resulta soporífera. Y a eso contribuyen también os cantantes: son de una mediocridad indiscutible. Recuerdo que mientras la estaba viendo en el pase que dieron por TVE allá por los ochenta, creo que era una escena del Oro porque estaban los gigantes, mi padre me preguntócómo podía gustarme Wagner, dónde estaba la música allí. Y lo cierto es que tuve que darle la razón, porque aquello era durísimo para el oido.

Y en cuanto a la escenografía, lo cierto es que no sé qué decir. Supongo que es posible que llegara a gustarme si lo que me entra por el oido me lo hiciera todo antipático. A propósito de puestas en escena: ¿de quién es la del Anillo de Karajan del Festival Pascua? No lo recuerdo. Sólo la conozco por fotos, pero lo que vi me gustó.

Un saludo

De: vicino
Fecha: 23/11/2001 0:47:29
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez
En primer lugar un saludo:

Lo que dices sobre el anillo de Boulez (un músico que me gusta más como compositor que como director) es, en mi opinión, muy acertado. La interpretación es más que otra cosa muy fría. Creo que Wagner es un compositor que no le pega mucho. Boulez se maneja mejor con otros compositores. Schoenberg y toda esa panda, por ejemplo.

Y sobre la escenografía sólo puedo decirte (de memorieta) que en su momento se decía que gracias a que ésta había sido tan chocante el público se había fijado menos en la música, y así Boulez se había librado de un escándalo y un fracaso mayúsculos.
No recuerdo quién dijo tal cosa, se que lo leí en un ejemplar de El Pais hace mucho tiempo. Si alguien supiese quien fue el autor de tal opinión muy bien lo podría decir en el foro.

Y ya está todo. Hasta otra:

Vicino

De: Parzifal
Fecha: 25/11/2001 13:25:47
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez
Em primeiro lugar, saudações!

Desculpe - me, caro amigo wagneriano, mais não consigo ouvir o Wagner de de Boulez e achá - lo frio. Eu crio que a maioria dos wagnerianos estão muio ligados em interpretações de Wagner antigas: arrebatadas, muito românticas, muito fervorosas... Boulez nos traz um Wagner que nos faz refletir enquanto ouvimos. Nos emociona, porém nos faz pensar a respeito do que ouvimos, e no momento em que ouvimos. Oh,Siglindo, não te conheço muito bem, porém estou muito chateado com o que você disse dos cantores. como pode você dizer que Dame Gwyneth Jones e Sir Donald McIntyre são medíocres! Eles cantam Wagner com emoção e inteligência dramática verdadeira!!!
Estou aqui, em frente ao computador, e olhando os vídeos do Anel de Chéreau e Boulez. Isso é que é produção!!! Isso é que é wagnerismo!!! Não tem o apelo muito sentimental dos outros, é um Anel para a inteligência e a para o espírito!!!
Eu não consigo entender como a maioria dos wagnerianos não têm espírito para ver que Chéreau e Boulez tornaram o Anel válido para os nossos dias,preferindo coisas antiquadas, o próprio Wagner não era tão conservador quanto o são os wagnerianos europeus!!!

Um abraço, meu amigo!!!
modovon@zipmail.com.br


De: telramund
Fecha: 25/11/2001 19:28:49
Asunto: Puntualizaciones
Querido Parzifal:
He leído tu mensaje y me gustaría hacer unas pequeñas puntualizaciones a lo que dices:
1º- el anillo de Boulez es sin duda el peor cantado de la discografía. Cierto que hay algunas grandes interpretaciones (Hanna Schwarz, Heinz Zednik, Matti Salmien), pero en general domina lo gris, lo mediocre. Y en el límite de lo malo,Manfred Jung hace un Siegfried insoportable de escuchar y Gwyneth Jones grita más que canta.
2º- el anillo de Chereau- Boulez es fruto de el oportunismo de un momento histórico y de la egolatría de sus dos responsables. Estoy totalmente de acuerdo con Siglindo y Vicino con que ni Boulez ni Chereau sienten ni aman a Wagner. Fueron las primeros "mentes atormentadas" que tomaron a Wagner como pretexto para mostrar al mundo sus propias "profundas" y "reveladoras" reflexiones.
3º- en cuanto a las interpretaciones musicales "anticuadas" y al presunto conservadurismo de los wagnerianos europeos, no estoy de acuerdo en absoluto. los directores de esas interpretaciones que llamas (con toda justicia)arrabatadas y románticas (Knappertsbusch, Furtwángler, Walter, etc) son músicos que apendieron directamente la dirección de orquesta de la tradición wagneriana. Por ejemplo: Kna fue discípulo de Hans Richter, que estrenó el Anillo en 1874. Por tanto creo que los testimonios de ese estilo interpretativo no son fósiles musicales, reliquias de un pasado muerto, sino la revelación de la AUTENTICIDAD. ¿Que nuestra sensibilidad ha cambiado por los acontecimientos históricos? Qué le vamos a hacer. Nos queda el consuelo de estos testimonios maravillosos que desafían todas las modas. En fin recordemos lo que dice Hans Sachs: ¡NO ME DESPERDICIÉIS A LOS MAESTROS, Y HONRADME SU ARTE!
No te preocupes por el tono algo exaltado de algunas frases. Estas son mis opiniones, pero todo en esta vida se puede discutir.
un abrazo.

De: Parzifal
Fecha: 25/11/2001 22:31:59
Asunto: RE: Puntualizaciones
Amigo Telramund, saudações!

Possivelmente você só pode estar desconsiderando o porte dramático de Jones e de Jung! São maravilhosos! Você assistiu ao Götterdämmerung desse ciclo??? Viu o desempenho fascinante de Jones no segundo ato!!! Ela domina toda a cena, quando aquela mulher surge, escoltada por Mazura, meu SENHOR JESUS! é lindo!!! Quando começa a CANTAR, eu vou nas alturas celestes!!! Eu deliro!!! Ela dá credibilidade dramática a Brünnhilde, é certo que a personagem já possui essa credibilidade,mas Jones consegue mostra - la e com firmeza e segurança vertiginosas, é a própria Brünnhilde!!! existem cantoras que não fazem isso muito bem, apenas cantam muito bem. O Siegfried de Jung, é o próprio Siegfried imaginado por Wagner e presente nas lendas alemãs: um garoto, furioso e dócil ao mesmo tempo, um rapaz que descobre o amor e a vida, como QUALQUER UM DE NÓS!!! Não é isso FASCINANTE!!! Sem falar no Wotan de McIntyre!!!
O seu segundo ponto eu não acredito que alguém possa escrever algo assim!As idéias de Chéreau estão dentro da obra de Wagner! Na verdade Chéreau apenas despiu Wagner de seu caráter mitológico para nos mostrar o que havia dentro do Anel: uma história de homens e de mulheres REAIS lutando pelo poder e pelo amor!! Eles não são "mentes atormentadas", pense bem! Era preciso mostrar ao mundo a validade do Anel; tira´- lo daquele jogo de luz e sombra de Wieland Wagner que, por mais belo que fosse, e É COM CERTEZA, eu vi várias fotos, é lindo,não consegue situar Wagner em nossos dias, são apenas produções que levavam em conta apenas os olhos! A de Chéreau leva aos olhos a mesma alegria ( por exemplo, a cena final de A VALQUÍRIA ou o início de O OURO DO RENO ), e leva alegria à mente: por exemplo, quando Siegfried é morto por Hagen e a orquestra executa a Marcha Fúnebre, a cortina desce... porém, várias pessoas são vistas na frente da cortina olhando para o corpo de Siegfried... eles então começam a nos encarar! Quem são aquelas pessoas??? São o POVO!!! Eles lamentam a mote de Siegfried!!! Eles choram sua morte!!!! SIM, O POVO!!! NÓS!!! Por quê? Porque Siegfried, pois, é a personificação da liberdade política que todos os povos sonham, será que a sua morte é o fim dessa liberdade, é o fim do sonho??? A resposta é não!!! Antes, Siegfried é visto como um MÁRTIR da LIBERDADE!!! Um herói do povo, da liberdade política e de todas as formas de liberdade que enriquecem o espírito humano!!! O povo homenageia seu herói e suas expressões de tristeza nos dizem " NÓS NÃO ESQUECEMOS O QUE ELE SIGNIFICA! LIBERDADE! VAMOS CONTINUAR LUTANDO POR ELA!! LIBERDADE!!!
Meu caro, eu CHORO com essa cena!!! Viva Chéreau!!! E que música DIVINA!!! GLÓRIA A WAGNER!!!! Você acha que idéias como essa são de "mentes atormentadas" ? Acha??? Pois eu não acho! Idéias como essa são, sim, profundas e grandemente wagnerianas, ele deve ter amado, no Paraíso onde ele está.
Oportunistas??? Egolatria??? Essas idéias??? Não mesmo!!!
São idéias de pessoas que amam a ARTE, a GRANDE ARTE, da qual WAGNER é representante mais que legítimo!!!
O terceiro ponto, das "las interpretaciones musicales ’anticuadas’", com relação a elas eu não disse isso falando mal de jeito nenhum, pois gosto muito deles. Eu mesmo possuo um Tristan und Isolde de Knappertsbusch, e com certeza está entre as minhas gravações preferidas!!! O que eu quis dizer, meu amigo, é que existem pessoas que só olham para o passado, e não para o presente e, melhor,para o futuro. Essas interpretações são geniais sim, com certeza! Mas nossos ouvidos concordam que há um outro caminho para interpretar as mesmas obras, e que esse outro caminho, mais refinado e delicado, é bem mais MUSICAL que todo o explendor Romântico do século XIX e início e primeira metade do século XX.

Caro amigo, escute mais esse Anel! E veja a produção!
Sinta como esses franceses AMAM WAGNER!
AMAM SIM!!!
TANTO QUANTO EU!!!
QUE SOU WAGNERIANO FANÁTICO!!!
Um abraço muito forte!!!
E, sim, O Anel foi estreiado em Bayreuth em 1876, não em 1874!!!
: ), até mais!!!
Parzifal.


De: telramund
Fecha: 26/11/2001 9:43:53
Asunto: RE: Puntualizaciones
Querido amigo:
Al leer tu respuesta se percibe que tú amas realmente a Wagner. ¡Cuánto me alegro!
Respecto a la fecha del estreno del anillo, tienes toda la razón: en mi precipitación escribí 1874, que es el año en el que Wagner TERMINÓ el anillo, pero no lo estrenó.
Los comentarios que haces sobre la interpretación de Gwynet Jones son conmovedores. A mi personalmente no me gusta, pero me hace feliz que pueda emocionarte de esa manera, de verdad. La grandeza de la obra es tal que lo supera todo.
Sólo me gustaría saber (por curiosidad) si conoces otras interpretaciones del anillo (ahora estoy hablando del plano exclusivamente musical, no del escénico) para poder comparar con otros cantantes como la Varnay, Hotter o Windgassen, los cuales, respetando tus gustos, sigo pensando que son los absolutos en los papeles de Brünnhilde, Wotan y Siegfried. Y si no los conoces ¡cuánta envidia me das tú, que vas a adentrarte por primera vez en los misterios de lo wagneriano-absoluto!
Respecto a la escenografía de Chereau, sigo diciendo que refleja un momento histórico muy concreto: el del desencanto (y las esperanzas)de las izquierdas europeas en la década de los setenta tras el fracaso de la revolución de mayo de 1968. Dices que te gusta un anillo que tenga que ver con nuestro tiempo. Pues bien, puestos así, nuestro tiempo ya no es ese: vivimos para bien o para mal en la época de la globalización y de la imposición del sistema capitalista a nivel mundial (bueno, casi). La parábola burguesa de la decadencia del Wotan-Capital, que se autodestruye por culpa de las contradiciones del sistema que él mismo ha creado,no creo que tenga mucho sentido hoy. Así como la personificación del mal, es decir, HAGEN, en EEUU.
En conclusión, me parece que el mensaje de la puesta en escena de Chereau está caduco y trasnochado. ¡Pero no voy a negar tu derecho a que disfrutes con ella!
Respecto a lo que dices de Wieland Wagner, y vaya por delante que yo sólo conozco sus producciones por fotos y por lo que leído de ellas, creo que son las más acertadas que se han hecho. Precisamente la desnudez del escenario, la sobriedad de las luces y del vestuario eran lo que conseguían ir más allá de los conceptos de espacio y de tiempo, del aquí y del ahora, de 1876, 1965, 1976 ó 2001, para centrarse precisamenteen lo que tú dices: en un drama humano, de seres de carne y hueso, que se mueven siguiendo impulsos unas veces nobles, otras malignos, pero verdaderamente humanos. Sin mitología de cartón-piedra, si politiqueos y sin monsergas.
Nada más, un saludo y ojalá más personas amasen a Wagner como lo amas tú.

De: Juan Vte.
Fecha: 26/11/2001 9:49:05
Asunto: RE: Puntualizaciones
¿el anillo de Boulez no fue llamado "sängerdämmerung" por la pésima calidad de los cantantes?... no se donde lo leí... igual sueño

De: Llorenç Casanova
Fecha: 26/11/2001 13:39:51
Asunto: RE: Puntualizaciones. Heil Parzifal
Bien Parzifal, defiendes lo que te gusta, pero todavia hay "gurdianes del Gral" que defienden conceptos ambiguos sobre la tradición wagneriana ac-
tualmente desfasados. Si el Anillo de Wagner en la versión de Boulez-Chereau hubiera sido tan malo ya no hablariamos de él. Pero marcó un cambio y una época, como lo fue el de Wieland. La suerte de Wieland es que tuvo mejores cantantes, de esto no hay duda. Yo vi en Bayreuth este anillo los años 1978 y 1979 y me gustó, hablamos de Manfred Jung pero no de René Kollo que cantó Siegried en 1976,77 y 78 con muy buen resultado. Jones cantó una Brünnhilde de voz aceptable y escenicamente buena lo mismo de Mc Intyre pero los Alberich, Mime, Hunding, Fricka eran de gran calidad.
Boulez dirige "a su manera" pero esto lo hace cualquier director que imprime su propio estilo, y a unos les gusta y a otros no.
¿Qué es un director wagneriano? ¿Como dirigia Wagner? ¿Como quisiera "hoy" Wagner que se dirigieran e interpretaran sus obras? Seguro que no como él lo indicó, Wagner era un hombre libre, Parzifal es tambien un hombre libre
alejado de la losa de la tradicón que impide la evolución y el cambio.
Los anillos de Kupfer y sobre todo el de Kirchner fueron muy inferiores en cuanto a escena, sobre todo el último, y por eso no se habla tanto de ellos.
Si todos los Anillos fueren dirigidos de la misma forma seria un gran aburrimiento por esto es estimulante comparar Kna con Furtwangler, com Barenboim, Levine, Boulez... Unos te gustan más otros menos y otros los detestas. Pero que detestes una cosa no quiere decir que sea mala sinó que a ti no te gusta y nadie tiene la verdad absoluta en nada.
Me gusta la vitalidad de Parzifal, los aburridos europeos necesitamos la vitalidad existencial de los brasileños.
Heil Parzifal!!

Llorenç Casanova

De: telramund
Fecha: 26/11/2001 20:30:11
Asunto: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Querido Llorenç, me gustaría comentar algunas cosas que has escrito, para que la discusión conduzca (quizá) a algún tipo de verdad.
Por ejemplo, los conceptos de "guardianes del Grial" y "tradición " me parecen a estas alturas tan tópicos, manoseados y trasnochados como el de "modernidad". Si acusamos a un supuesto "tradicionalista" de intolerancia y cortedad de vista ¡lo mismo podemos hacerlo con un "modernista", que no valora el pasado y solamente se fija en los sanos tiempos actuales! Tan ciego es un extremo como el otro.
Además, no olvidemos que Wagner es un producto del siglo XIX, y que nació hace casi 200 años. Si se ama verdaderamente a Wagner (y fíjate que digo "a Wagner", no a su obra), si se tiene un verdadero compromiso personal con él, no se puede desperdiciar la tradición.
Lo digo por lo de "conceptos ambiguos" actualmente "desfasados".¿A qué te refieres con "ambiguos"? En cuanto a lo de "desfasados", no sé: ¿por qué ha tenido este año tanto éxito Thielemann?
Sí, es verdad: seguimos hablando del anillo de Chereau después de 25 años. Pero no seamos ingenuos: eso no es síntoma de que tuvo calidad, sino de que levantó mucha polémica. ¡Como si una cosa fuese buena porque se hable mucho de ella! Y es que en este mundo tiene que haber de todo.
Voy a poner el dedo en la llaga: si ciertas interpretaciones (musicales, filosóficas, escénicas) de Wagner están anticuadas, ¿no será que el propio Wagner lo está? ¿No será que en lugar de dejarnos llevar por el mago de Bayreuth lo queremos manipular para adaptarlo a los cómodos "tiempos modernos"? ¿No será que en realidad no somos wagnerianos, que sólo nos "gusta" Wagner como nos "gustan" otras cosas?
Y ya puestos: ¿por qué no alteramos LA MÚSICA DE WAGNER para hacerla más moderna? (demostración ad absurdum).
Digo esto en relación a lo que dices de que si Wagner viviera hoy no interpretaría sus obras como él indicó. Entonces ¿qué es Wagner?
Sí: Wagner era libre. Por eso creó la obra inmensa que creó. Pero no hay que confundir LIBERTAD con libertinaje (que es lo que practican muchos profesionales).
Resumiendo: acabo de leer lo que he escrito y me parece que he dicho lo mismo que tú, Llorenç, pero desde el otro lado. En el fondo estamos de acuerdo en lo esencial: en el rechazo a visiones extremistas, intolerantes o de vía estrecha. Y en la apertura a otras formas de pensar distintas a la nuestra. No sé si algún párrafo puede parecer demasiado apasionado o pudiera ofender a alguien. No ha sido mi intención. De haber tenido tiempo a ordenar un poco mis ideas (lo he escrito a bote pronto, dejando fluir libremente las ideas) lo habría matizado un poco.
Un abrazo y que sigas disfrutando las obras de Wagner en tus versiones favoritas.

De: Ossian
Fecha: 26/11/2001 22:09:14
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Hombre, toda concepción filosófica o política es susceptible de quedar desfasada en algunos de sus aspectos. De todas formas, si alguien sugiere que una idea ha quedado desfasada, debería señalar cual y explicar el porqué.

Lo que no es en absoluto válido es decir que la idea de un señor es anticuada pq vivió hace muchos años. Lo primero que cabría preguntarse es cuales son las ideas de nuestra época. Si hiciesemos una encuesta sobre lo que cada uno piensa que es el ideal de nuestro mundo, puede que nos sorprendamos al comprobar lo antiguas que son muchas de esas ideas que tratan de pasar por modernas.

Salute.

De: Germán
Fecha: 26/11/2001 22:19:52
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Bueno, Telramund, te has ganado una ovación con vuelta al ruedo. Has tenido narices para llamar caduca a una producción que ya tiene 25 años, basada en modas de 1968 y en ideologías que murieron en 1989. Pero hay quien llama a eso moderno, qué cosas.

También estoy de acuerdo que el hecho de que se hable mucho de una producción no indica su calidad, sino el follón que arma. Pero esa confusión es lo que lleva ahora a muchos directorcillos a simplemente montar el número. Y no hay nada más fácil de hacer que escandalizar.

Y totalmente de acuerdo en que si el mensaje de Wagner parece anticuado, pues nos aguantamos: es anticuado. Pero lo que no se puede es ponerle la hoz y el martillo y decirme que es que Wagner está así mucho más a la moda. Si un mensaje nos parece anticuado, pues será anticuado, pero no podemos decir que vamos a cambiarlo para modernizarlo, porque ya no tendremos el mensaje. Esto es de Pero Grullo, pero parece que hay quien no lo ve así. Si a mí me parece poco moderno que Don Quijote ataque un molino de viento, pues me chincho: pero no se me ocurre hacer que ataque en moto un reactor nuclear. Estas ocurrencias las puede tener el primer subnormal que llegue y carecen del mínimo arte. Pero seguro que hay gente que se atrevería a decir que Miguel de Cervantes estaría encantado con la parida.

Personalmente, el conflicto entre el poder y el amor que Wagner expuso en el "Anillo" me parece que sigue vigente (sea viendo un Sigfrido con casco alado o con uniforme abstracto). Pero el montaje de Chéreau me parece que tiene ya telarañas. Y eso en el mejor de los casos.

Un saludo,


Germán

De: Ossian
Fecha: 26/11/2001 22:41:29
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Pero hay una notable diferencia entre ver a Siegfried con un casco alado, y verle con un uniforme.

El casco alado representa un tocado que no puede dejar de evocarnos un deseo en el caracter del guerrero de admiración hacia un animal noble y combativo, y de identificación con las rasgos más sublimes del carácter de este animal, a través de los cuales el héroe manifiesta y expresa su individualidad y su libertad.

El uniforme, por el contrario, nos puede evocar todo aquello que está sometido a unas normas rígidas e impuestas, que anulan la personalidad y la expontaneidad en las motivaciones del individuo.

Pero seguramente que habrá gente a la que estos detalles les importarán un pimiento.

Salud

De: Juan Vte.
Fecha: 27/11/2001 9:54:11
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Pues yo creo que si se sigue (aún hoy en día) hablando del Anillo de Boulez es más que nada porque se hizo (o al menos se representó por primera vez) en 1976.

No nos engañemos: se cumplía el primer siglo de Bayreuth y todas las miradas wagnerianas se dirigían hacia el festpielhaus... "¿cómo será el anillo?"... "¿harán algo especial?"... yo creo que para conmemorar esa fecha, la gente se esperaba algo más "clásico", menos transgresor... y claro: llegaron Chereau y su amigo Boulez y nos hicieron un Anillo tan anti-wagneriano en una fecha tan especial, que acabó con la paciencia de mucha gente y se montó tal lio que aún hoy en día se arrastran las consecuancias y las polémicas. Yo creo que lo único que hay que recordar es que se reventó una fecha tan especial como el primer centenario del Anillo, algo que nunca más ocurrirá, pero que igual sirve (eso espero) para que en el 2076, cuando celebren el segundo centenario, se fijen en lo perdida que andaba la humanidad durante aquel final del siglo XX.

Y por lo que respecta a los que dicen que hay que adaptar las obras de arte a nuestra época sólo les podría poner unos ejemplo muy instructivos:

- ¿Habría que re-pintar a la "gioconda" con un traje de vaquero y pelos a lo "rasta"?
- ¿Habría que llenar el Partenón de Grécia de graffitis y señales de tráfico?
- ¿Habría que añadirle un piercing a "la piedad" de Miguel Ángel?

Entonces ¿por qué Sigfrido va con smoking, Tristán es homosexual, y el Valhalla es una oficina de inmobiliarias?...

Que alguien me explique, por favor, por qué se pueden contemplar una y otra vez todas las demás obras de arte tal y como su artista las creó y no ocurre lo mismo con la ópera y, en especial, con Wagner...

De: Ossian
Fecha: 27/11/2001 13:04:42
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
¡Uy! Y pq estos directores de escena, a los que tanto les preocupa que se quemen libros, seguro que no leen. Si no, tras leer el Tristán de Godofredo, a más de uno se le hubiese ocurrido pintar a Marke de pedófilo.

En fin, que el que no sabe llamar la atención con su grandeza, lo tiene que hacer mediante su vulgaridad.

Salute.

De: Germán
Fecha: 27/11/2001 21:53:43
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Claro, Javier. Pero fíjate que dije un "uniforme abstracto", precisamente porque, al ser abstracto, no lo podré identificar con ninguna época (algunos de los modelos de vestuario de Wieland Wagner eran así, y funcionaban muy bien).

Evidentemente, me horroriza que me pongan un vestuario de una época determinada, porque se carga la atemporalidad del "Anillo". Y por cierto, esto no quiere decir que no me gusten las modernizaciones, sino que no me gustan las temporalizaciones de una obra atemporal. Me parece tan estúpido un Sigfrido con frac como un Sigfrido con puntillas y pelucas del siglo XVIII.

Un saludo,



Germán

De: Germán
Fecha: 27/11/2001 22:35:47
Asunto: RE: Más leña al fuego, sin ánimo de ofender a nadie
Pues sí, Juan Vte., también tienes razón al decir que la fecha provocó que todo el mundo estuviera pendiente del Festspielhaus. Seguramente en 1972 habría pasado sin pena ni gloria.

En cuanto a las justificaciones para cambiar las cosas, tiene que ver con el género dramático. Lo tratan de explicar con expresiones muy monas como el "componente dramático, complementario del componente textual" y te dicen que la parte del director de escena es indispensable. Lo que nadie es capaz de explicar es por qué el director de escena se tiene que creer más listo que el autor. Porque yo no niego que la labor del director de escena sea crucial; lo que digo es que el director está al servicio del creador y de la obra, y no al revés. Claro que la mayoría de los listillos siempre claman estar al servicio de la obra, pero alegando que "han descubierto detalles que nadie había visto hasta ahora".

Lo más gracioso es que cuando uno de esos genios de la escena se convierte en autor, entonces ya no le hace tanta gracia que alguien le meta mano a su obra.

Recuerdo la anécdota de una escritora feminista, Caryl Churchill, que escribió una obra bastante conocida en el Reino Unido, "Top Girls". La obra fue rodada por la BBC hace años con actores ingleses (o sea, con ACTORES) y era muy original, porque alteraba completamente la secuencia temporal de la acción. Luego la montaron en Alemania y el director de escena alemán montó un desnudo de una ejecutiva en una escena que en el original transcurre en una agencia de trabajo temporal, en una entrevista. La autora, que es muy moderna, muy feminista, muy políticamente correcta y muy todo, declaró sobre esta puesta en escena: "En esos momentos desearía dejar el drama por la narración, porque así, mi trabajo no sufriría ninguna vejación".

Y así es el mundo. Todos somos muy tolerantes, pero sólo hasta que nos tocan lo nuestro. Supongo que por eso, quien no tiene genio para crear, se dedica a interpretar/destrozar. Saben que no tienen talla como para pasar a la historia; por eso tratan de unir su nombre al de un genio de verdad.

Un saludo,


Germán

De: Juan Vte.
Fecha: 28/11/2001 9:46:47
Asunto: la "atemporalidad" temporalizada
Fijáos en este detalle:

Muchos de estos "renovadores" se basan en la excusa de que el Anillo (y por extensión: la obra wagneriana) es "atemporal" para pintárnosla en nuestra época, en el futuro, etc...

Y digo yo: si realmente es cierto que la obra de Wagner es atemporal (que lo es) y esta gente (parece) que se da cuenta de ello... entonces ¿por qué nos la "temporalizan"?... quiero deci, yo creo que es una contradicción: por una parte el drama es intemporal y esta gente que cree haberse dado cuenta lo que hace no es si no que situarlo de pleno en una éra de la humanidad (por ejemplo el genio de Chereau).

Para mí, el decir que una obra es intemporal y representarla como tal es quitarle cualquier indicativo que pueda relacionar el transcurrir de los hechos dramáticos con un momento en la historia humana: o sea, justo lo que hacía Wieland Wagner: túnicas en vez de smokings.

No es posible que por una parte se preocupen de afirmar la atemporalidad de la obra wagneriana y por otro lado nos la situen de lleno en alguna de las épocas de la Historia (sobretodo, parece que les gusta, la época actual)... es una paradoja que no entiendo y que creo que demuestra hasta que punto no entienden el mensaje de Wagner y tratan de arreglarlo dándole vueltas y vueltas a la situación...

De: Siglindo
Fecha: 28/11/2001 20:34:26
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez
Querido amigo, el entusiasmo que demuestras es envidiable. Lamento no poder compartirlo en este caso.

En primer lugar, cuando afirmo que los cantantes del anillo del centenario son mediocres no quiero decir que no sean unos grandes artistas. Cualquiera que haya berreado en la ducha es capaz de hacer algo parecido a Rossini, Verdi o Puccini, pero si se intenta cantar el Winterstürme se da uno cuenta del enorme talento, técnica y conocimientos musicales que hay que tener para cantarlo medianamente bien. Por eso vaya por delante el enorme respeto que cualquier intérprete que alguna vez haya acometido algun papel wagneriano me merece. Yo jamás conseguiría llegar a la suela de los zapatos de Manfred Jung.

Pero lo que es innegable es que Jung no es Lauritz Melchior, ni Set Svanholm, ni Max Lorenz, ni Wolfgang Windgassen. Los que conocemos Wagner a través de la discografía podemos optar a mucho más que el Anillo de Boulez. Yo tengo cinco Anillos. El de Solti y el de Karajan grabados en estudio, el de Furtwängler (La Scala 1950), y tres de Bayreuth: Knappertsbusch 1957 y 58 y el de Böhm 1966. Cualquiera de ellos está mejor cantado. Y ya no digo en conjunto. Incluso si tomamos cada personaje uno a uno y comparamos. Incluso los controvertidos cantantes que Karajan escogió para su versión son preferibles a los que cantan con Boulez.

Pero claro. Todo es cuestión de gustos. De gustibus non disputandum est.

Y sí. Prefiero lo antiguo si es mejor. Y tú también, si no no estaríamos hablando de la música de un hombre que murió hace casi 120 años.

Un saludo


De: Parzifal
Fecha: 01/12/2001 20:38:24
Asunto: RE: Puntualizaciones, para Telramund.
Olá, amigo, saudações!!!

Obrigado por terdes visto que EU AMO A WAGNER, pois o amo de todo o coração, nada me é mais precioso que a música, sobretudo e principalmente a de Wagner.

Conheço outras interpretações do Anel, sim: o de Böhm ( Bayreuth, 67 ), o de Levine ( Met ), o de Marenowski ( não sei se é asssim que se escreve - de estúdio ), highlights do de Barenboim ( de Bayreuth, 92 ), o Das Rheingold de Clemens Krauss ( Bayreuth, 53 ), A Valquíria de Leinsdorf e de Karajan ( de estúdio ). Eu tinha o ciclo de Böhm em disco, porém desde que conheci o de Boulez, o de Boulez me despertou maior interesse, mesmo o de Böhm tendo Nilsson e Windgassen, creio que as vozes mais delicadas de Jones e Jung se adequam mais ao final belíssimo de Siegfried ( "Ewig war ich, ewig bin ich", em diante ), em outros instantes porém, podemos dizer que o de Böhm se sai melhor. De qualquer maneira, o Anel que tenho atualmente em CD é de Boulez, sim, e eu o amo! Estará comigo por toda a minha vida! Eu tinha o de Böhm, porém preferi o de Boulez, foi paixão a primeira vista, ou melhor, a primeira audição. Sendo assim, vendi o de Böhm e comprei o de Boulez. Depois que assisti esse Anel, de Boulez, em vídeo, não tive mais dúvidas, era esse Anel que o meu coração pedia!!! Amo demais ouvir esse ciclo e depois vê - lo em vídeo, com produção comovente de Chéreau.

Com certeza, a gravação de Boulez do Ring é uma das minhas gravações preferidas!!!

Com relação ao ciclo de Böhm, ainda tenho alguma coisa em CD: um com o ato I da Valquíria e outro cujo nome é "The best of the Ring" ( dois CDs, com highlights desse ciclo ).

Com relaçao as outras gravações citadas ee tenho o Das Rheigold de C. Krauss ( com Hotter )e A Valquíria de Leinsdorf ( com Nilsson, London e Vickers ). As outras gravações que eu citei : Karajan , Marenowski ( com Adam, Kollo e Altmeyer, respectivamente Wotan, Siegfried e Brünnhile ), e Levine ( com Morris, Jerusálem e Behrens ) não são minhas, são de amigos que eu peguei emprestado. E quanto ao de Barenboim, eu tenho apenas highlights de A Valquíria ( um cd ) e do Götterdämmerung ( um cd, também ).

Um forte abraço, amigo.
Parzifal.

De: Parzifal
Fecha: 01/12/2001 20:51:11
Asunto: RE: Puntualizaciones. Heil Parzifal
Heil, Llorenç Casanova!

Amei o que tu disseste!
Obrigado amigo!!!

Acho que Boulez e Chéreau são muito injustiçados.

Ademais, amei o "vitalidad de Parzifal" e "vitalidad existencial de los brasileños".

Tu amas muito o Brasil?

Um abraço muito fortíssimo,
Parzifal.

De: Parzifal
Fecha: 01/12/2001 20:56:01
Asunto: RE: Puntualizaciones. Heil Parzifal
Heil, Lloenç Casanova!

Amei o que tu disseste!
sobretudo amei "vitalidad de Parzifal, los aburridos europeos necesitamos la vitalidad existencial de los brasileños".

Gostas do Brasil tanto assim!!!

Um abraço muito fortíssimo,
Parzifal.

De: Parzifal
Fecha: 01/12/2001 21:03:47
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez - II
Olá, amigo wagneriano!

Gostaria de ouvir os ciclos que disseste que tens. Pena que aqui em Natal, a cidade onde moro, ainda não apareceu nenhum desse, porém quando eu os ver eu os comprarei sim.

Um abraço muito forte,
Parzifal.

De: telramund
Fecha: 01/12/2001 22:15:04
Asunto: Respuesta para Parzifal
Querido amigo:

Conozco varias de las grabaciones que mencionas. El anillo de Böhm lo tengo desde hace años y creo que es muy bueno, con algunos momentos excepcionales. Personalmente considero que vocalmente es el último anillo de la historia con un reparto excepcional, y en general superior a todos los anillos que se han grabado después (1966-67), aunque sé que no vas a estar de acuerdo conmigo :)
También tengo el anillo de Clemens Krauss completo, que es mi favorito tras los de Knappertsbusch y Furtwängler. Creo que es un anillo muy hermoso, muy bellamente cantado y con una dirección refinada y lírica, ideal para los que se aproximan por primera vez al Anillo. Además gracias a la fecha ,1953, los cantantes están muy frescos.
También tengo la Walkyria de Leinsdorf, que me parece muy buena. Las demás versiones que mencionas no las conozco directamente, excepto el anillo de Baremboim que escuché en directo por la radio.
No sé como es la situación que tienes en Brasil para conseguir discos de Wagner. Teniendo en cuenta eso, y la limitación económica (por supuesto, que los discos son muy caros), te animo a que sigas investigando, sin renunciar a tus gustos, claro.

Un fuerte abrazo.

De: siglindo
Fecha: 03/12/2001 11:10:29
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez - II
Envíame, por favor, tu dirección postal a mi e-mail particular y te enviaré copias en formato mp3. No puedo ofrecerte la tetralogía de Karajan ni la de Böhm, porque son viejos LP, pero todo lo demás sí. Si tienes alguna duda respecto de cómo oir los mp3 o cómo convertirlos en CDs de audio, también podemos hablar, pero esto mejor en privado.

Siglindo@hotmail.com

Un saludo

De: Siglindo
Fecha: 03/12/2001 19:35:58
Asunto: RE: Sobre el Anillo de Boulez - II
Escríbeme por favor a esta otra dirección:

chufas@clara.co.uk

No sé por qué razón no puedo acceder a la dirección de hotmail.

Un saludo

De: Ossian
Fecha: 03/12/2001 21:01:41
Asunto: RE: Puntualizaciones. Heil Parzifal
Eso lo decís pq no conoceis a ningún bilbaino de pro. Donde esté un bilbaino que se quite todo el mundo.

Ya lo dijo un inglés que vino a Bilbao: "Vale más una bilbainita, con su cara bonita, con su gracia y su sal, que todas las americanas con su inmenso caudal."